Senadores enfrentam críticas após 'visita técnica' à Papuda
Damares Alves, Eduardo Girão, Márcio Bittar e Izalci Lucas visitaram o presídio em Brasília, onde pode ser enviado o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nesta segunda-feira (17), os senadores Damares Alves, Eduardo Girão, Márcio Bittar e Izalci Lucas realizaram uma visita ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, com o objetivo de inspecionar a estrutura do local, que pode receber o ex-presidente Jair Bolsonaro, em caso de condenação. O grupo justificou a visita como uma 'verificação técnica' das condições do presídio.
Eduardo Girão compartilhou um vídeo em seu perfil na rede social X (ex-Twitter), onde os parlamentares afirmam que a visita foi realizada em nome da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal. No material, mencionaram a necessidade de avaliar se a Papuda possui infraestrutura adequada para abrigar detentos condenados por tentativas de golpe de Estado. 'Realizamos uma visita técnica na Papuda para verificar as instalações do complexo penitenciário para onde pretendem enviar o Presidente Bolsonaro', declarou Girão.
No vídeo, os senadores levantam preocupações sobre a saúde de Bolsonaro e questionam a adequação do presídio para sua permanência. Izalci Lucas afirmou: 'Aqui não seria o local adequado. Deveria ficar na prisão domiciliar'. Damares Alves também abordou a situação de outros presos com problemas de saúde, mas não apresentou propostas para melhorar a situação destes detentos, focando apenas na saúde do ex-presidente.
A ação gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com internautas apontando a hipocrisia dos senadores, que historicamente criticaram os Direitos Humanos e não se manifestaram em favor de melhorias no sistema prisional. Comentários destacaram a contradição da preocupação com um ex-presidente enquanto milhares de detentos permanecem em condições precárias. 'Isso é um vexame!', afirmou um usuário, enquanto outros lembraram que os senadores não demonstraram o mesmo cuidado com a população durante a pandemia.
Além disso, a publicação recebeu uma quantidade significativamente maior de críticas do que de 'likes', evidenciando o descontentamento da opinião pública com a iniciativa.