PL e filhos de Bolsonaro articulam no Congresso por anistia após prisão
Flávio Bolsonaro prioriza aprovação do perdão e critica discussões sobre dosimetria.

BRASÍLIA, DF - O Partido Liberal (PL) planeja uma nova ofensiva no Congresso para avançar com o projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de Janeiro, em resposta à prisão de Jair Bolsonaro (PL) no último sábado (22).
A estratégia foi debatida em uma reunião ocorrida nesta segunda-feira (24), que contou com a presença de Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e de parlamentares da sigla.
Flávio Bolsonaro, um dos filhos de Jair, destacou que a prioridade será a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, afirmando que a oposição está focada exclusivamente na aprovação da proposta. Ele ressaltou que o PL não aceitará discutir a dosimetria das penas, afirmando que o partido não fará esse tipo de acordo.
“Estamos determinados a fazer prevalecer a anistia. O relator pode pautar o texto como achar melhor, e utilizaremos todos os recursos regimentais disponíveis para garantir a aprovação”, disse Flávio.
O senador também afirmou que a oposição não pretende obstruir os trabalhos do Congresso, buscando levar a questão ao debate. O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), informou que teve conversas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que está consultando líderes de outros partidos para avaliar a possibilidade de discutir o tema.
Nos últimos dias, Motta indicou que o assunto poderia ser debatido esta semana. A expectativa é que o tema seja abordado na reunião de líderes com Motta nesta terça-feira (25).
Marinho mencionou que está havendo um “amadurecimento” entre os presidentes do Senado e da Câmara sobre a importância de discutir a anistia, permitindo que os parlamentares se posicionem sobre o assunto.
A reunião do PL, que estava marcada para terça, foi antecipada em razão da prisão de Bolsonaro. Ele permanece na superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde a prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública após uma vigília convocada por Flávio Bolsonaro.