Pablo Marçal critica Bolsonaro e defende novo nome na direita para 2026

Um ano após sua derrota nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) tenta se desvincular do cenário político, mas continua enfrentando processos relacionados à sua campanha. Em entrevista, o influenciador atribui a responsabilidade por um laudo falso contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL) ao seu advogado e manifesta críticas tanto a Lula quanto a Bolsonaro, clamando por um novo outsider nas eleições de 2026.

Marçal, que se afastou da política após perder as eleições em outubro do ano passado, voltou a se dedicar a seus negócios e a criar conteúdo para as redes sociais, onde continua a atrair atenção. Apesar de sua tentativa de deixar o passado eleitoral para trás, os desdobramentos legais de sua campanha ainda o perseguem. Ele foi acusado de disseminar informações falsas sobre Boulos, incluindo um laudo falsificado que o implicava em uso de drogas.

Em uma conversa na sede de sua empresa em Alphaville, Barueri, Marçal descreve sua experiência eleitoral como uma "guerra" e "loucura", e responsabiliza seu advogado, Tassio Renam Botelho, pela polêmica. O Ministério Público Eleitoral já denunciou ambos, mas a defesa de Marçal alega que suas ações estavam dentro do "direito à livre manifestação do pensamento".

Recentemente, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo reverteu uma condenação anterior de Marçal, que o tornava inelegível, mas outras decisões ainda estão pendentes. Ele afirma que, se não houver uma confirmação das sentenças, não será considerado inelegível.

Questionado sobre uma possível candidatura em 2026, Marçal se esquiva, mas expressa seu descontentamento com os candidatos atuais e anseia por um novo líder na direita. Para ele, as lideranças de direita estão "reféns" do ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, não representa mais os anseios da população.

Marçal não hesita em criticar o governo Lula, chamando-o de "a maior decepção de todos os tempos", mas reconhece sua influência na política brasileira. Ele acredita que novas vozes precisam surgir para romper com a polarização atual, que ele considera prejudicial ao país.

“A política precisa de pacificação. Não podemos continuar nesse clima de guerra. É um excesso de confusão”, conclui o influenciador, que afirma estar focado em sua família e negócios no momento.