Moraes autoriza visitas a Bolsonaro, incluindo governadores e aliados
Governadores e deputados têm encontros agendados entre 24 de novembro e 11 de dezembro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu sinal verde para que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba diversas visitas políticas e pessoais nas próximas semanas. A autorização foi divulgada nesta quinta-feira (13) e atende a um pedido da defesa, que destacou a importância de um "diálogo direto" com Bolsonaro.
Dentre os visitantes liberados, estão os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com encontros marcados para os dias 26 de novembro e 10 de dezembro, respectivamente. Também foram autorizados o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo, cujas visitas estão programadas para 9 e 1º de dezembro.
Além dos governadores, outros apoiadores e aliados próximos ao ex-presidente também estão na lista. O ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, será o primeiro a visitá-lo, no dia 24 de novembro. As visitas seguem com Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia, no dia 25, e no dia 27, o padre Cleidimar da Silva Moreira, seguido pelo deputado federal Evair de Melo (PP-ES) no dia 28.
Outros nomes confirmados incluem o ex-deputado Odelmo Leão, no dia 3 de dezembro; o padre Pablo Henrique de Faria, em 4 de dezembro; Paulo M. Silva, em 5 de dezembro; e o deputado federal José Medeiros (PL-MT), em 2 de dezembro. O deputado Sanderson (PL-RS) encerrará a série de visitas no dia 11 de dezembro.
As visitas ocorrerão entre 9h e 18h, respeitando protocolos de segurança e monitoramento. Essa decisão acontece em meio à condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, no julgamento do chamado "Núcleo 1" da trama golpista.
A maioria dos visitantes possui uma postura crítica em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e faz parte de um grupo que busca preservar a articulação do bolsonarismo, mesmo com o ex-presidente em prisão domiciliar. Moraes já havia autorizado visitas anteriormente, mas esta é a mais abrangente desde a condenação, evidenciando a pressão política de aliados e a estratégia de permitir encontros supervisionados, mantendo o controle institucional sobre Bolsonaro.