Jair Bolsonaro é preso após 653 dias de investigação sobre tentativa de golpe
A prisão preventiva do ex-presidente representa um marco na apuração dos eventos de 2022 que ameaçaram a democracia brasileira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente pela Polícia Federal neste sábado (22), um marco na investigação que começou em fevereiro de 2024 com a Operação Tempus Veritatis, voltada para apurar a formação de uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado em 2022.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro estava em prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares que o proibiam de utilizar redes sociais, mesmo que indiretamente.
No último mês de setembro, ele foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de se manter no poder. Outras sete pessoas, ex-integrantes de altos cargos do governo, também foram condenadas.
Durante a investigação, o ex-presidente ficou impedido de deixar o país, chegou a cogitar pedir asilo e convocou manifestações em favor da anistia. Ele ainda comentou sobre a possibilidade de morrer na prisão e classificou de “malucos” seus apoiadores que participaram de acampamentos golpistas.
Bolsonaro foi levado pela PF para cumprimento da prisão preventiva com a justificativa de garantir a ordem pública, devido ao risco de fuga e por ter violado as condições da tornozeleira eletrônica. Além disso, uma vigília organizada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, foi considerada um fator que agravou a situação.
Confira a cronologia dos principais eventos que levaram à sua prisão, desde o início da Operação Tempus Veritatis até o recente desdobramento.