Governadores de Direita Prometem Anistia a Bolsonaro em Possível Corrida Presidencial
Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado se posicionam favoravelmente à anistia ao ex-presidente.

Quatro governadores alinhados à direita, cogitados para a disputa presidencial de 2026, manifestaram-se contrários à prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e afirmaram que, se eleitos, concederiam anistia ao ex-mandatário, que foi condenado por tentativa de golpe de Estado.
Os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) são os principais nomes citados por parlamentares da direita e do centrão como potenciais candidatos para o próximo pleito.
Na última terça-feira (25), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, confirmou a sentença de 27 anos e 3 meses de prisão para Bolsonaro, que cumprirá pena na Superintendência da Polícia Federal em Brasília após violar sua tornozeleira eletrônica.
Em entrevista anterior, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, declarou que seu pai só apoiaria um candidato que se comprometesse a conceder um indulto e a lutar por isso no STF.
Embora Flávio tenha sido considerado um possível sucessor de Bolsonaro, sua imagem foi prejudicada por envolvimentos em ações que levaram à prisão do pai, como a organização de uma vigília em frente ao local onde Bolsonaro estava sob prisão domiciliar.
Os políticos do centrão veem uma chance de pressionar por uma chapa presidencial que mantenha o apoio a Bolsonaro, mas que não inclua nenhum membro de sua família. Entre os nomes mencionados, Tarcísio é visto como o favorito, apesar de negar publicamente sua intenção de concorrer. Ele, no entanto, já afirmou que, se eleito, concederia anistia a Bolsonaro no primeiro dia de seu governo.
Ronaldo Caiado também se comprometeu a assinar uma anistia abrangente para todos os condenados em relação aos eventos de 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro. Ele argumentou que a anistia é necessária para pacificar o país.
Romeu Zema, em outra declaração, sugeriu que a não concessão de indultos a assassinos e sequestradores durante a ditadura militar deveria ser reavaliada.
Por outro lado, Ratinho Jr. não se comprometeu diretamente a conceder anistia, mas criticou a prisão de Bolsonaro, chamando-a de insensibilidade do STF e pediu uma pacificação nacional.
Após visitar o pai, Flávio Bolsonaro afirmou que Jair pediu para que ele insistisse com os presidentes da Câmara e do Senado para pautar o projeto de anistia. O PL, em reunião recente, decidiu intensificar os esforços no Congresso para avançar com a proposta.