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Flávio Dino autoriza quebra de sigilo de deputados Sóstenes e Jordy por desvios de cota parlamentar

Operação da Polícia Federal investiga uso irregular de recursos destinados ao mandato parlamentar

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Flávio Dino autoriza quebra de sigilo de deputados Sóstenes e Jordy por desvios de cota parlamentar

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BRASÍLIA, DF – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou a quebra dos sigilos bancários dos deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada durante uma operação da Polícia Federal nesta sexta-feira (19), que investiga suspeitas de desvio de recursos de cotas parlamentares.

A quebra de sigilo se estende de maio de 2018 até dezembro de 2024. A cota parlamentar é destinada a cobrir despesas do exercício do mandato, incluindo aluguel de escritórios, passagens aéreas e locação de veículos.

Além dos dois deputados, a investigação também envolve os assessores Itamar de Souza Santana e Adailton Oliveira dos Santos. Dino aponta um possível uso irregular da cota parlamentar para cobrir despesas fictícias e a utilização de empresas de fachada.

Segundo o ministro, relatórios financeiros e mensagens extraídas dos celulares dos investigados indicam "indícios robustos" de lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras atípicas que não têm a origem dos recursos claramente identificada.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou, sugerindo que há indícios de que ambos os deputados participaram de um esquema que desviava verba parlamentar por meio de servidores comissionados, utilizando empresas como Harue Locação de Veículos e Amazon Serviços e Construções.

A operação é um desdobramento de outra realizada em dezembro de 2024 e investiga os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em resposta, Jordy publicou um vídeo nas redes sociais, chamando a ação de "covarde" e defendendo que a empresa citada para locação de veículos é a mesma que utiliza desde o início de seu mandato. Já Sóstenes se disse perseguido e afirmou que o montante de R$ 430 mil apreendido está relacionado à venda de um imóvel.