Flávio Bolsonaro revela pedidos de anistia a Motta e Alcolumbre
Senador comenta sobre a situação de Jair Bolsonaro na prisão e pressiona por mudanças na alimentação do ex-presidente.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que seu pai, Jair Bolsonaro, solicitou que ele pressionasse os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para que discutam o projeto de anistia que pode beneficiar o ex-mandatário. "Foi um pedido direto dele (Bolsonaro) para Hugo Motta e Davi Alcolumbre", declarou Flávio.
A declaração foi feita após uma visita ao pai na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde Jair Bolsonaro está preso desde sábado (22), quando a prisão preventiva foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, devido ao risco de fuga. Flávio também relatou que o ex-presidente enfrentou uma crise de soluço na noite de segunda-feira (24) e precisou de assistência.
O senador expressou a indignação de Jair Bolsonaro em relação ao que ele considera uma perseguição. "Ele diz 'o que eu fiz para estar aqui, meu governo fez uma transição tranquila'. Estava fazendo a defesa dele como sempre, de que não trabalhou para motivar qualquer ato irresponsável. Ele se defende constantemente", afirmou Flávio.
Além disso, o senador manifestou preocupação com a proibição de que a família leve alimentos para Jair Bolsonaro, que, segundo ele, são preparados de acordo com prescrições médicas. Flávio ressaltou a importância de uma dieta especial devido a questões de saúde do ex-presidente. "Me soou muito estranho que alguém tivesse dado essa determinação, que vai contra a medicação que ele precisa para evitar intercorrências", comentou.
Flávio também destacou a preocupação do pai com a origem dos alimentos. "Ele sempre falou sobre isso em público, tem receio do que pode acontecer com ele", disse o senador, que pediu à imprensa que confirmasse a veracidade da proibição.
O PL está se preparando para intensificar sua atuação no Congresso em relação ao projeto de lei da anistia. Na mesma segunda-feira (24), a Primeira Turma do STF validou por unanimidade a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, e o prazo para novas defesas dos condenados no caso do núcleo central da trama golpista foi encerrado.