Eduardo Bolsonaro pode apoiar Flávio como alternativa à presidência em 2026

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve intensificar sua atuação internacional, criticando o Judiciário e o governo brasileiro, visto que sua volta ao Brasil pode demorar.

Fontes próximas ao parlamentar indicam que ele poderia apoiar seu irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como uma alternativa à candidatura à presidência em 2026, caso seu pai, Jair Bolsonaro, decida por essa direção. As discussões sobre o assunto estão em andamento, mas uma decisão definitiva só deve ocorrer no próximo ano.

A situação de Eduardo se complica com o julgamento que poderá torná-lo réu por coação no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o relator, ministro Alexandre de Moraes, identificou indícios de que o deputado buscou criar instabilidade para pressionar a Corte. Seus apoiadores ainda mantêm a esperança de uma ampla anistia que possa ser aprovada no Congresso até fevereiro, enquanto Eduardo e o empresário Paulo Figueiredo continuam a trabalhar para impor sanções às autoridades brasileiras.

Recentemente, Eduardo e Flávio, acompanhados de outros parlamentares bolsonaristas, viajarão para El Salvador para participar do Fórum Mundial da Segurança, onde conhecerão as políticas do presidente Nayib Bukele. Embora Eduardo permaneça nos Estados Unidos por tempo indeterminado devido ao temor de prisão no Brasil, ele planeja realizar viagens a países onde a direita está bem articulada.

Inicialmente, Eduardo tinha a intenção de concorrer ao Senado por São Paulo, uma vaga considerada garantida ao bolsonarismo. No entanto, conforme a situação política evoluiu, ele começou a se posicionar como candidato à presidência, diante do crescimento da candidatura do governador Tarcísio de Freitas.

Eduardo criticou o voto de Moraes no STF, alegando que o magistrado busca impedir a direita de conquistar a maioria no Senado em 2026. O deputado Cristiano Caporezzo (PL-MG), aliado de Eduardo, reafirma o desejo de que Bolsonaro continue como candidato, mas menciona que, se necessário, Eduardo poderá se lançar na corrida presidencial.

Embora o apoio a Flávio seja uma opção viável entre os bolsonaristas, ainda é cedo para afirmar que isso será definido. O fim do processo sobre a trama golpista deve ocorrer na próxima semana, com a possibilidade de que o ex-presidente Jair Bolsonaro enfrente condenações severas.

Eduardo expressou em entrevistas que a direita enfrenta dificuldades em reconhecer lideranças e que a ausência de Jair Bolsonaro pode gerar um vácuo que a esquerda poderia aproveitar.