Conselhão apresenta propostas de desenvolvimento a Lula em Brasília
Reunião discute diretrizes para o futuro econômico e social do Brasil

A 6ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), conhecido como Conselhão, ocorreu na última quinta-feira (4) no Palácio Itamaraty, em Brasília, reunindo membros do governo federal, da sociedade civil e do setor empresarial.
Fundado em 2003 durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Conselhão foi extinto em 2019 e reativado em 2023. Seu objetivo é fomentar um diálogo inclusivo para a formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável do Brasil.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância do diálogo com a sociedade civil: “As políticas governamentais são construídas para atender às demandas da sociedade. Essa escuta é fundamental para priorizar as necessidades do povo”, afirmou à Agência Brasil.
Durante a reunião, os representantes do Conselhão entregaram ao presidente Lula o documento intitulado "Pilares de um Projeto de Nação", que contém metas estratégicas para o desenvolvimento do país, resultado de discussões em comissões temáticas ao longo dos últimos meses.
O secretário-executivo do Conselhão, Olavo Noleto, explicou que o documento foi elaborado com base na Estratégia Brasil 2050, que prevê ações concretas para a próxima década. Ele ressaltou a importância da diversidade nas contribuições para o futuro do país.
O grupo conta atualmente com 289 conselheiros. O empresário do agronegócio, Eraí Maggi, elogiou as iniciativas do governo que beneficiaram o setor, como a ampliação do acesso ao crédito rural e o desenvolvimento de biotecnologias.
A empresária Luiza Trajano celebrou a queda da taxa de desemprego, que alcançou 5,4%, mas criticou a alta dos juros, que, segundo ela, afeta a economia. Trajano também fez um apelo para que empresários promovam ações contra a violência contra as mulheres.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou dados positivos sobre a economia brasileira, como a redução da taxa de informalidade e a diminuição da desigualdade de renda, destacando que a inflação deve ser a menor da história.
Outros conselheiros, como a cientista de computação Nina da Hora e a sindicalista Mônica Veloso, enfatizaram a importância de investimentos em tecnologia nacional e a valorização do salário mínimo, respectivamente. Veloso ainda mencionou os avanços na redução da pobreza e desigualdade no Brasil.
O ativista Preto Zezé pediu uma renovação nas discussões sobre segurança pública e políticas urbanas, enquanto Ivan Baron destacou a necessidade de inclusão das pessoas com deficiência nas políticas públicas.
Além disso, o Conselhão apresentou projetos voltados para a transformação ecológica no Brasil, enfatizando práticas sustentáveis no agronegócio e investimentos com impacto ambiental positivo.