Política2 min de leitura

Visita a Papuda: Moraes examina futuro de Bolsonaro em possível prisão

Chefe de gabinete do ministro inspeciona instalações enquanto governo do DF solicita avaliação médica do ex-presidente.

Política2 min de leitura
Visita a Papuda: Moraes examina futuro de Bolsonaro em possível prisão

Publicidade

Espaço reservado para anúncio

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), delegou sua chefe de gabinete, Cristina Kusahara, para realizar uma inspeção no Complexo Penitenciário da Papuda, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá cumprir pena por sua condenação. A visita, que ocorreu na semana passada, também contou com a participação da juíza Leila Cury, responsável pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal.

Alexandre de Moraes é quem decide o local onde Bolsonaro e outros condenados no caso devem cumprir suas penas. A Papuda, um presídio em Brasília, é uma das opções, apesar de sua conhecida superlotação. Além de Bolsonaro, outros seis indivíduos, incluindo o ex-chefe da Marinha e ex-ministros, foram condenados.

Durante sua visita, Cristina Kusahara inspecionou três áreas da Papuda, com ênfase no PDF 1, que abriga uma ala de segurança máxima para presos considerados vulneráveis. Essa ala já recebeu notáveis como o ex-senador Luiz Estevão. O local está passando por reformas que incluem a substituição de vasos sanitários nas celas, preparando-se para a possível chegada de novos detentos.

Cristina também visitou o 19º Batalhão da Polícia Militar do DF, que é conhecido como “Papudinha” e onde o ex-ministro Anderson Torres esteve detido em 2023. O gabinete de Moraes não comentou sobre a visita, e o Tribunal de Justiça do DF esclareceu que as inspeções realizadas pela juíza são parte de suas atividades rotineiras.

Jair Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a tentativa de golpe de Estado em 2022, tornando-se o primeiro ex-presidente brasileiro a ser condenado por esse delito. A decisão gerou discussões sobre onde ele deverá cumprir a pena. Apesar de ter direito a uma prisão em unidade militar, tanto o STF quanto o Exército consideram que essa alternativa poderia provocar aglomerações de apoiadores.

A Polícia Federal já mantém uma cela disponível em sua superintendência em Brasília, enquanto a defesa de Bolsonaro busca assegurar que ele possa cumprir prisão domiciliar, alegando problemas de saúde, como câncer de pele e crises de soluço.

Recentemente, o governo do Distrito Federal foi notificado sobre a possível transferência de Bolsonaro para a Papuda. Na segunda-feira (3), o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, enviou um ofício a Moraes solicitando que o ex-presidente seja submetido a uma avaliação médica antes da execução final da pena. O documento pede que uma equipe especializada avalie as condições clínicas de Bolsonaro, levando em conta suas limitações médicas e nutricionais.