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Senador alerta: equiparação de facções ao terrorismo pode comprometer investigações

Alessandro Vieira, relator da CPI do Crime Organizado, discute impactos da proposta em entrevista à Agência Brasil.

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Senador alerta: equiparação de facções ao terrorismo pode comprometer investigações

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O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, expressou preocupações acerca da proposta de equiparar facções criminosas ao terrorismo. Em entrevista concedida à Agência Brasil nesta sexta-feira (7), ele destacou que essa mudança poderia transferir os processos judiciais da Justiça estadual para a federal, prejudicando investigações em andamento.

Vieira, que possui 20 anos de experiência como delegado da Polícia Civil, enfatizou que essa alteração significaria 'matar as investigações' e desperdiçar o conhecimento acumulado por profissionais qualificados ao longo dos anos.

Embora tenha reconhecido a possibilidade de tratar facções como terroristas em relação à severidade das penas, o senador alertou para a necessidade de 'cuidados técnicos' para não desconsiderar o trabalho já realizado no combate ao crime.

O parlamentar também abordou a atuação das Forças Armadas no controle das fronteiras e criticou a eficácia das operações de Garantia da Lei e da Ordem, que, segundo ele, têm apresentado resultados aquém do esperado, servindo mais para efeitos midiáticos do que para solucionar problemas reais.

Vieira se opôs à convocação de líderes de facções pela CPI, argumentando que isso poderia fortalecer o crime organizado. Ele defendeu que as operações de combate ao crime, como Carbono Oculto e Contenção, são complementares e necessárias para enfrentar a criminalidade.

O senador ainda comentou sobre a necessidade de um diagnóstico abrangente da política de segurança pública e a importância de financiar adequadamente as ações de segurança, sugerindo que o Brasil deve priorizar a defesa da vida e do patrimônio.