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Lula critica operação policial no Rio que resultou em 121 mortes

Presidente classifica ação como 'desastrosa' durante entrevista na COP30

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Lula critica operação policial no Rio que resultou em 121 mortes

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou sobre a operação policial que culminou na morte de 121 pessoas no Rio de Janeiro, descrevendo-a como uma verdadeira 'matança' e rotulando-a de 'desastrosa'. A declaração foi feita em uma coletiva de imprensa para veículos internacionais nesta terça-feira (4), durante sua participação na COP30 em Belém (PA).

"Embora alguns possam ver a operação como um sucesso em termos de número de mortes, do ponto de vista da ação governamental, considero que foi desastrosa", afirmou Lula. Ele destacou que está em busca de envolvimento dos legistas da Polícia Federal na investigação, enfatizando que a ordem judicial era para prisões, não para mortes.

As declarações do presidente ocorrem em um momento em que o governo federal se vê em confronto com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que criticou a falta de apoio do governo federal em relação à gestão estadual e alegou a negativa de três pedidos de auxílio das Forças Armadas. Em resposta, os ministros do governo refutaram as acusações.

Após a coletiva, Lula utilizou suas redes sociais para reforçar a necessidade de um trabalho coordenado no combate ao narcotráfico e anunciou o envio ao Congresso do PL Antifacção, que visa endurecer as penas para crimes relacionados a facções criminosas. O governo também sancionou recentemente uma lei que prevê penas para ameaças a autoridades que atuam no combate ao crime organizado.

À medida que a situação se desdobra, aliados de Lula expressam preocupação de que a crise de segurança pública possa impactar negativamente a imagem do governo, que vinha experimentando uma melhora em sua aprovação nas últimas semanas. O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião de emergência com ministros para discutir a situação, durante a qual o governo reiterou a negação das acusações de Cláudio Castro e anunciou medidas adicionais, incluindo a transferência de presos do Comando Vermelho para instituições de segurança máxima.