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Lula considera veto a projeto que alivia penas de Bolsonaro e outros envolvidos em atos golpistas

Proposta, aprovada pela Câmara, enfrenta resistência da sociedade e do governo federal.

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Lula considera veto a projeto que alivia penas de Bolsonaro e outros envolvidos em atos golpistas

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BRASÍLIA, DF - Colaboradores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam que a expectativa é de que o projeto que favorece condenados por atos golpistas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seja vetado integralmente.

Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, Lula não se referiu diretamente ao texto aprovado na madrugada desta quarta-feira (10) pela Câmara dos Deputados, mas expressou estar "muito tranquilo com o que está acontecendo no Brasil". Ele comentou que "essa desavença da Câmara é própria da democracia" e que o país está passando por mudanças positivas.

A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela Secretaria das Relações Institucionais, buscou apoio de ministros e líderes partidários para discutir o voto dos colegas a favor da proposta que beneficia Bolsonaro. Os aliados do presidente lembraram que Lula já havia se manifestado contra essa proposta anteriormente, em setembro, durante pressões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) para a redução de pena do ex-presidente.

Na época, a direção do PT também se opôs à proposta, seguindo a orientação do presidente. Gleisi reafirmou que a posição do governo é contrária à anistia e à redução de penas, destacando que o processo contra Bolsonaro está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) e que não há motivos para alterar isso agora.

Aliados de Lula ressaltam que o projeto de lei em questão também pode beneficiar condenados por outros crimes, como coação no curso do processo e incêndio doloso. Apesar da inclinação do presidente em vetar a proposta, alguns aliados sugerem cautela, recomendando aguardar a posição do STF sobre o assunto.

Além disso, interlocutores do governo destacam que o Executivo tem conquistado avanços no Congresso, com a aprovação de projetos essenciais. Outro ponto considerado é a importância de manter boas relações com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em meio a negociações relacionadas ao STF.

O projeto, que já passou pela Câmara, agora será analisado pelo Senado e tem potencial para encurtar o tempo de prisão do ex-presidente.