Lula Anuncia Saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo
Gustavo Damião, filho de deputado do União Brasil, é indicado para assumir o cargo

BRASÍLIA, DF - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou, nesta quarta-feira (17), que o ministro do Turismo, Celso Sabino, deixará sua posição. A saída ocorre após a expulsão de Sabino do União Brasil, em decorrência da decisão do partido de se afastar do governo federal, enquanto o ministro decidiu permanecer no cargo.
Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB), é o nome cotado para suceder Sabino. Damião possui experiência como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba.
A indicação de Damião foi aprovada pelo grupo mais alinhado ao governo dentro da bancada do União Brasil, que conta com cerca de 20 a 22 deputados, incluindo o ex-ministro Juscelino Filho (MA) e o líder da bancada, Pedro Lucas Fernandes (MA). O presidente da sigla, Antônio Rueda, também deu seu aval.
A decisão do partido de se distanciar do governo foi tomada em setembro e visou principalmente o afastamento de Sabino, enquanto outros indicados que não ocupam mandatos foram preservados. Em novembro, o Conselho de Ética do União Brasil recomendou a expulsão do ministro e a dissolução do diretório do Pará, presidido por Sabino, além de ter nomeado uma comissão provisória.
Após a decisão, Celso Sabino se manifestou nas redes sociais, afirmando que sua expulsão ocorreu por sua decisão de continuar no governo e por seu compromisso em ajudar o Pará. Ele agradeceu aos amigos na sigla e aproveitou a oportunidade para reforçar sua pré-candidatura ao Senado em 2026.
A situação entre Sabino e o partido se complicou após uma reportagem do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) e do UOL, que trouxe à tona acusações de que Antônio Rueda, presidente do partido, seria proprietário de aviões operados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), o que Rueda nega. A partir desse episódio, o União Brasil orientou seus filiados a deixarem os cargos no governo Lula.
Apesar de suas articulações para permanecer no cargo, especialmente em vista da realização da COP30 (Conferência Climática da ONU) em seu estado, o partido determinou que Sabino deveria abandonar o ministério ou enfrentaria a expulsão.