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Líder do PT critica Hugo Motta e pede sua saída da presidência da Câmara

Lindbergh Farias aponta falta de condições do presidente e denuncia manejo de casos polêmicos.

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Líder do PT critica Hugo Motta e pede sua saída da presidência da Câmara

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BRASÍLIA, DF - O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), manifestou sua insatisfação em relação à condução do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante discurso realizado na terça-feira (9). Farias afirmou que Motta "está perdendo as condições de continuar" no cargo, especialmente por não ter decretado a perda de mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O petista criticou a situação atual, chamando de "vergonha" o que ocorre no legislativo e acusou Motta de apoiar um projeto golpista. "Vossa excelência está perdendo as condições de continuar na presidência desta Casa", declarou Farias, que lidera o partido do presidente Lula.

Após as críticas, Motta ignorou os comentários e prosseguiu com a sessão, que incluía a votação de um projeto sobre regularização de terras em áreas de fronteira. Farias também mencionou que Motta havia rompido relações com ele em novembro, em resposta a críticas sobre a condução de um projeto antifacção.

A desocupação da mesa diretora foi outro ponto de tensão, onde o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou a presidência em protesto contra a decisão de Motta de pautar a cassação de seu mandato, resultando em sua retirada forçada do plenário pela polícia legislativa.

Farias denunciou que Motta trata os casos de maneira desigual, comparando a situação atual com a dos bolsonaristas que ocuparam sua cadeira em agosto e que foram retirados após negociações, sem punições. O líder do PT também alertou que Motta poderia ser responsabilizado por desobedecer a uma decisão do STF sobre Ramagem.

Além disso, Farias criticou a pauta da sessão, que incluía a votação de um projeto de redução de penas para condenados por atos golpistas, afirmando que isso demonstrava uma tentativa de deslegitimar a democracia.

Motta, por sua vez, não respondeu imediatamente às acusações, mas manifestou em suas redes sociais a necessidade de "proteger a democracia" contra gestos autoritários, referindo-se a um "agrupamento que se diz defensor da democracia" e que, segundo ele, age como extremistas.