Política2 min de leitura

Justiça determina exclusão de post de Nikolas Ferreira que ofende o PT

Decisão judicial considera que parlamentar excedeu os limites da imunidade ao fazer declarações fora do exercício do mandato.

Política2 min de leitura
Justiça determina exclusão de post de Nikolas Ferreira que ofende o PT

Publicidade

Espaço reservado para anúncio

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal ordenou que a plataforma X (ex-Twitter) remova uma publicação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), na qual ele se refere ao PT como "Partido dos Traficantes". A decisão judicial estabelece um prazo de 48 horas para que a rede social cumpra a determinação, sob pena de responsabilização civil por danos.

O juiz Wagner Pessoa Vieira destacou que a imunidade parlamentar é aplicável apenas a declarações feitas dentro da Câmara dos Deputados. Ele esclareceu que as opiniões expressas fora desse ambiente, inclusive em redes sociais, não gozam da mesma proteção, a menos que estejam diretamente relacionadas ao exercício do mandato.

O magistrado argumentou que as declarações de Ferreira configuram dano moral, já que a imputação de apoio a um grupo terrorista atinge a honra e a imagem do PT, que é uma entidade pública com grande visibilidade. Essa decisão vem após o partido ter movido ações contra diversos parlamentares por utilizarem essa mesma ofensa.

O PT solicitou uma indenização de R$ 30 mil para cada um dos deputados processados, incluindo Nikolas Ferreira, Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Os posts contestados foram publicados após uma operação policial significativa no Brasil, e o partido argumenta que tais declarações visam manipular a opinião pública e espalhar desinformação.

A legenda do presidente Lula defende a "responsabilização" dos envolvidos e nega qualquer tentativa de censura, enfatizando a necessidade de intervenção judicial para coibir discursos que, segundo eles, servem apenas para macular a honra de figuras públicas e fomentar o ódio político.

A Polícia Federal está investigando repasses feitos por 92 parlamentares, que somam R$ 85 milhões, para verificar possíveis irregularidades no uso de emendas, com a possibilidade de novos inquéritos no Supremo Tribunal Federal.