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França expressa preocupações sobre acordo comercial entre UE e Mercosul

Primeiro-ministro francês pede adiamento dos prazos para garantir proteção aos agricultores europeus

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França expressa preocupações sobre acordo comercial entre UE e Mercosul

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O governo francês, liderado pelo primeiro-ministro Sebastien Lecornu, manifestou suas preocupações em relação ao acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em um comunicado divulgado no último domingo, 15, Lecornu criticou a forma atual do acordo, afirmando que ele pode deixar os agricultores europeus em uma posição vulnerável.

O primeiro-ministro enfatizou que a agricultura e a proteção do consumidor não devem ser comprometidas nas negociações comerciais. Segundo ele, "esses avanços ainda estão incompletos e precisam ser finalizados e implementados de maneira robusta e eficaz para que seus efeitos sejam totalmente avaliados". Lecornu sugeriu que os prazos de dezembro para a assinatura do acordo sejam adiados, a fim de proporcionar ao bloco europeu o tempo necessário para garantir o que ele chamou de proteções legítimas para os agricultores.

Um porta-voz da Comissão Europeia, que se encarrega da elaboração da legislação do bloco, afirmou que ainda há expectativa de que o acordo seja formalmente assinado até o final do ano. A pressão da França surge em um momento em que os líderes dos 27 Estados-membros da UE se preparam para uma cúpula que irá abordar diversas questões, desde o orçamento da União até a situação na Ucrânia e as tensões globais na política econômica.

Para amenizar as preocupações, a Comissão Europeia propôs, em outubro, a adição de salvaguardas adicionais para o setor agrícola europeu, incluindo o monitoramento das tendências de mercado para importações de carne bovina e de aves. A proposta também inclui compromissos de investigar possíveis aumentos nos produtos mais baratos da América do Sul e suas consequências para os preços domésticos.