Eduardo Bolsonaro celebra diálogo entre Lula e Trump e vê avanços nas relações
Deputado destaca a importância da conversa e defende a legitimidade das sanções dos EUA.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou nesta terça-feira, 2, sobre o telefonema entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma publicação na rede social X, o parlamentar manifestou otimismo em relação à conversa e destacou que a aproximação entre os dois governos pode abrir ‘caminhos importantes’, desde que seja baseada em princípios claros.
Recentemente, Eduardo havia criticado a falta de diálogo entre parlamentares brasileiros e autoridades norte-americanas durante a crise entre os países. Em sua nova manifestação, ele reafirmou a legitimidade das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos, argumentando que tais medidas são válidas quando as alternativas de negociação já foram esgotadas.
A ligação entre Lula e Trump ocorreu no início da tarde e durou cerca de 40 minutos, conforme informações do Palácio do Planalto. Durante a conversa, os presidentes discutiram a tarifa aplicada pelos EUA e temas relacionados à cooperação no combate ao crime organizado. Lula expressou interesse em acelerar as negociações para a remoção da sobretaxa de 40% que ainda recai sobre alguns produtos brasileiros.
Trump, em Washington, confirmou a conversa e mencionou que abordaram comércio e sanções. Ele descreveu a conversa como ‘ótima’ e expressou a expectativa de encontrar Lula em breve, enfatizando que a nova parceria pode resultar em ‘muitas coisas boas’, segundo a agência Reuters.
No último mês, a Casa Branca retirou 238 itens da lista de produtos tarifados, incluindo café, frutas tropicais, carnes e especiarias. Apesar disso, 22% das exportações brasileiras ainda estão sujeitas a sobretaxas, um índice que havia chegado a 36% no início do tarifaço.
O governo brasileiro considerou a redução das tarifas anunciada pelos Estados Unidos como um avanço, mas ressaltou que há produtos ainda pendentes de negociação, e que o Brasil busca acelerar as discussões.