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Dólar sobe novamente em meio a cautela internacional e atenção ao Comef

Mercado aguarda desdobramentos da liquidação do Banco Master e operações da Polícia Federal

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Dólar sobe novamente em meio a cautela internacional e atenção ao Comef

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O dólar no mercado à vista e os juros futuros registraram alta nesta terça-feira, 18, refletindo a cautela dos investidores em relação ao cenário internacional. O foco do mercado também se volta para a reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central, além dos desdobramentos da liquidação extrajudicial do Banco Master e das operações da Polícia Federal relacionadas a crimes financeiros.

Os investidores estão atentos ainda aos leilões do Tesouro de NTN-B e LFT, programados para às 11h, e a um discurso do diretor do Federal Reserve, Michael Barr, que ocorrerá às 12h30, em um dia de agenda mais tranquila.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que a decisão do Banco Central de liquidar extrajudicialmente o Banco Master indica que existem fundamentos sólidos por trás do processo. Embora tenha evitado entrar em detalhes, ele destacou que a Fazenda está preparada para dar suporte às consequências que surgirem.

A prisão do proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, pela Polícia Federal, e a determinação judicial para afastar o presidente do BRB devido a negócios com a instituição, também estão entre os pontos que preocupam o mercado. A EFB Regimes Especiais de Empresas, nomeada liquidante do Master, deverá levantar todos os ativos e passivos da instituição financeira.

Enquanto isso, a Mastercard continua a participar das discussões sobre a venda do Will Bank, afirmando que a liquidação do Banco Master não afeta seu compromisso financeiro com a aquisição, dependendo do comprador.

No que diz respeito à inflação, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,32% na segunda prévia de novembro, após queda de 0,38% na leitura anterior de outubro, segundo dados da FGV. O IPC-S também mostrou aceleração em quatro das sete capitais na segunda quadrissemana de novembro, passando de 0,23% para 0,24% entre as duas leituras deste mês.

No mercado cambial, o real, que havia se fortalecido e ultrapassado a marca de R$ 5,30, pode enfrentar novos desafios. O aumento sazonal das remessas de dólar para o exterior em dezembro, a expectativa de cortes mais profundos nas taxas de juros pelo Banco Central e a instabilidade gerada pela corrida presidencial de 2026 podem afetar a atratividade da moeda brasileira.

Fernando Haddad reiterou que a liquidação extrajudicial do Banco Master é um sinal de um processo robusto e bem fundamentado, e a Fazenda acompanhará de perto os desdobramentos, estando pronta para oferecer suporte através do Fundo Garantidor de Créditos, se necessário.