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Cresce a participação de estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro com 4% das contratações

Venezuelanos representam quase metade das novas vagas formais no país

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Cresce a participação de estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro com 4% das contratações

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Com o aumento da imigração latino-americana e a taxa de desemprego em seu menor nível histórico, os trabalhadores estrangeiros já correspondem a 4% das contratações no mercado formal no Brasil. Entre eles, os venezuelanos são a maioria, representando 47,8% do total de novas admissões.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e outubro de 2025, o saldo positivo de contratações de estrangeiros alcançou 73,4 mil, em um total de 1,8 milhão de novas vagas criadas no período.

Esse número é superior ao total de 71,1 mil registrado em 2024, mantendo a proporção de 4% de postos de trabalho formais ocupados por estrangeiros. Comparando com 2020, quando esse percentual era de apenas 1,78%, houve um crescimento significativo de 196,2%.

A imigrante Maria Hernandez, que chegou ao Brasil em 2019, exemplifica essa realidade ao conseguir um emprego como analista de atendimento bilíngue, mudando sua vida e a de sua família. Desde então, a maior parte dos venezuelanos tem sido absorvida pelo mercado de trabalho nos estados do Sul, com 25,9 mil contratações formais registradas.

O economista Bruno Imaizumi observa que a demanda por mão de obra estrangeira aumenta em um contexto de aquecimento do mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego caiu de 12,1% em 2021 para 5,4% em outubro de 2025.

A escassez de trabalhadores brasileiros em funções específicas, como alimentadores de linha de produção, abre espaço para a maior contratação de imigrantes. O dado é corroborado por uma pesquisa da Fiesp, que revelou que 20,5% das indústrias paulistas não conseguiram preencher vagas abertas entre janeiro e março deste ano.

Além dos venezuelanos, haitianos e argentinos também estão entre os grupos que mais buscam oportunidades no Brasil, refletindo as crises humanitárias e socioeconômicas em seus países de origem.