Economia2 min de leitura

Correios Anunciam Redução de 15 mil Funcionários Através de PDV

Medida visa reestruturação e equilíbrio financeiro da estatal até 2027

Economia2 min de leitura
Correios Anunciam Redução de 15 mil Funcionários Através de PDV

Publicidade

Espaço reservado para anúncio

SÃO PAULO, SP - Os Correios estão implementando um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com a meta de demitir até 15 mil funcionários até 2027, conforme informações de um documento interno da empresa. A decisão foi aprovada em 19 de novembro e integra um plano de reestruturação da estatal para alcançar um equilíbrio financeiro, que inclui a necessidade de um aporte de até R$ 20 bilhões.

A proposta representa uma redução de cerca de 19% no total de 80 mil trabalhadores da empresa. A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo para cortar gastos, com uma meta de redução de R$ 1,5 bilhão, após a estatal ter registrado um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no ano anterior.

A direção dos Correios também planeja revisar sua estrutura organizacional e introduzir um novo Plano de Cargos e Salários até dezembro de 2026, além de reavaliar os custos com plano de saúde. As demissões são a primeira fase das medidas de reestruturação, que incluem a identificação de setores com baixo desempenho, onde os funcionários poderão optar pelo PDV.

Além disso, a empresa pretende reduzir ativos, vendendo imóveis ociosos, o que ajudaria na entrada de capital e na diminuição de despesas com manutenção. O plano também abrange a renegociação de contratos com os principais fornecedores para obter condições mais favoráveis, sem comprometer a segurança jurídica das operações.

Para garantir sua liquidez a curto prazo, os Correios precisam concluir um aporte financeiro de R$ 20 bilhões, buscando fechar um acordo com um consórcio de bancos até o final de novembro. Entretanto, o Tesouro Nacional bloqueou essa operação devido à taxa de juros considerada acima do limite permitido para garantias da União.

Os Correios enfrentam um rombo acumulado de R$ 7,5 bilhões desde 2023, com fatores como perda de competitividade, aumento de despesas, perdas judiciais e gestão inadequada contribuindo para a crise financeira atual.