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Carmén Lúcia alerta: 'Ditadura é erva daninha que precisa ser extirpada'

Ministra do STF reforça a importância da defesa diária da democracia em evento no Rio de Janeiro.

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Carmén Lúcia alerta: 'Ditadura é erva daninha que precisa ser extirpada'

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A ministra Carmén Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), enfatizou neste sábado (29) em um evento literário no Rio de Janeiro que a sociedade deve lutar continuamente pela preservação da democracia, em resposta a ameaças autoritárias. Durante sua fala, ela comparou as ditaduras a ervas daninhas, que necessitam ser removidas e monitoradas para não retomar o controle do país.

A declaração veio após o STF ordenar o cumprimento das penas para os condenados do Núcleo 1 da tentativa de golpe de estado, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros ex-integrantes do governo. Carmén Lúcia ilustrou a gravidade dos regimes de exceção, comparando-os a plantas que surgem em ambientes indesejados, prejudicando o ecossistema.

“A erva daninha da ditadura, quando negligenciada, domina o ambiente. Para que a democracia floresça em nossas vidas, é essencial cultivar e trabalhar por ela todos os dias”, afirmou.

A ministra também recordou os documentos que revelam planos golpistas que visavam eliminar líderes do Executivo e do Judiciário, destacando que “a primeira vítima de qualquer ditadura é a Constituição”. Ela mencionou que a condenação dos réus, ocorrida em 11 de setembro, culminou em penas de inelegibilidade por oito anos.

O evento, intitulado Literatura e Democracia, faz parte da 1ª Festa Literária da Fundação Casa de Rui Barbosa (FliRui), que se encerra neste domingo com a participação de autores indígenas renomados, como Daniel Munduruku e Márcia Kambeba. Carmén Lúcia ressaltou a importância de conectar as discussões sobre democracia a espaços culturais, que permitem um diálogo mais amplo e acessível à sociedade.

“Este espaço não é destinado apenas a debates políticos formais, mas é um local que favorece a reflexão e a construção de propostas para que a democracia seja um modelo de vida para todos”, concluiu.