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Bolsonaro atribui tentativa de alterar tornozeleira a medicamentos e tem prisão mantida

Ex-presidente afirmou que 'paranoia' foi provocada por interação inadequada entre remédios.

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(FOLHAPRESS) - Durante audiência de custódia realizada neste domingo (23) na superintendência da Polícia Federal em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relatou que tentou modificar sua tornozeleira eletrônica na última sexta-feira (21) devido a uma "certa paranoia" gerada pelo uso de medicamentos. Ele declarou que só recuperou a clareza mental à meia-noite. Após a sessão, uma juíza auxiliar do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu manter a prisão preventiva de Bolsonaro. Segundo a ata da audiência, o ex-presidente alegou que a sensação de paranoia surgiu por conta do uso de medicamentos prescritos por médicos diferentes, que interagiram de maneira inadequada, especificamente Pregabalina e Sertralina. Bolsonaro também mencionou ter um "sono picado" e dificuldades para dormir, o que o levou a mexer na tornozeleira com um ferro de soldar, habilidade que, segundo ele, adquiriu em um curso. O ex-presidente afirmou que, ao recobrar a razão, interrompeu a tentativa de manipular o dispositivo e informou os agentes de custódia. Ele estava acompanhado de sua filha, irmão mais velho e um assessor, e garantiu que ninguém na casa percebeu suas ações. O depoimento menciona que ele tinha a "alucinação" de que a tornozeleira continha algum tipo de escuta. Por fim, Bolsonaro revelou que começou a tomar um dos remédios quatro dias antes de sua prisão. Na decisão, o ministro Moraes destacou que a defesa não especificou quais filhos do ex-presidente desejam realizar a visita, sendo este um passo necessário para o cadastro. "Dessa maneira, deve completar o pedido. Intimem-se os advogados regularmente constituídos", concluiu o ministro.