Política2 min de leitura

Bolsonaro admite possibilidade de ser encarcerado na Papuda

Ex-presidente busca reverter condenação enquanto se prepara para possível prisão

Política2 min de leitura
Bolsonaro admite possibilidade de ser encarcerado na Papuda

Publicidade

Espaço reservado para anúncio

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por envolvimento em um esquema golpista, já considera a possibilidade de ser enviado ao Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Segundo informações do site Metrópoles, ele confidenciou a pessoas próximas que acredita ser essa a opção mais provável, embora ainda esteja tentando reverter sua condenação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fontes ligadas ao ex-chefe do Planalto afirmam que Bolsonaro pretende solicitar a conversão da pena em prisão domiciliar caso o STF decida pela sua detenção em um presídio. O principal argumento para essa solicitação será seu estado de saúde, que tem se deteriorado desde que deixou a presidência. Neste ano, ele passou por três internações e diversos procedimentos cirúrgicos.

Aliados do ex-presidente relatam que ele enfrenta crises intensas de soluços, que se agravaram nos últimos meses, e a defesa deve utilizar esses episódios como justificativa para pleitear que a pena seja cumprida em casa, com acompanhamento médico.

A condenação, que ocorreu no dia 12 de setembro, considerou Bolsonaro e seus aliados culpados por organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou que o ex-presidente liderou um grupo que tentou obstruir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.

As investigações da Polícia Federal, acatadas pela Primeira Turma do STF, revelaram que o plano do grupo incluía ações violentas e até a morte de figuras como Lula e o ministro Alexandre de Moraes.

Recentemente, a defesa de Bolsonaro apresentou embargos de declaração, solicitando a revisão da pena, argumentando que o acórdão do STF não analisou pontos importantes e classificando a sentença como “injusta e equivocada”. O recurso também menciona o voto do ministro Luiz Fux, que foi o único a votar contra a condenação, como base para o pedido de revisão.

Enquanto aguarda a decisão sobre os recursos, Bolsonaro e sua equipe estão elaborando estratégias jurídicas para evitar a prisão em regime fechado. De acordo com aliados, ele tenta manter sua rotina e imagem pública, mas admite estar em “contagem regressiva” para o início do cumprimento da pena.