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António Guterres pede fim dos combustíveis fósseis e nova coalizão para energia limpa

Durante a COP30 em Belém, secretário-geral da ONU destaca a urgência da transição energética

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António Guterres pede fim dos combustíveis fósseis e nova coalizão para energia limpa

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, reiterou a importância de se afastar dos combustíveis fósseis, afirmando que essa mudança é uma "necessidade" durante uma coletiva de imprensa em Belém (PA), no contexto da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Guterres enfatizou que "não haverá solução sem uma transição justa para longe dos combustíveis fósseis".

No evento, ele também convocou os países a formarem uma nova coalizão voltada para a energia verde, lembrando que divergências são comuns nas negociações. Ele citou o acordo firmado na COP28, em Dubai, que propôs, pela primeira vez, uma transição em direção ao fim dos combustíveis fósseis.

O acordo destaca a necessidade de que os países modifiquem seus sistemas energéticos de maneira "justa, ordenada e equitativa" e solicita a 198 nações-membros da convenção que acelerem ações nesta década crucial para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Contudo, as estratégias para atingir esses objetivos ainda estão indefinidas e geram divisões entre as delegações, sendo um avanço nesse sentido visto como uma vitória na conferência em Belém.

Guterres também observou que os orçamentos nacionais são limitados, o que torna essencial o aumento da participação do setor privado, dos mercados financeiros e dos bancos multilaterais no financiamento climático. Ele defendeu um equilíbrio entre adaptação e mitigação, onde a adaptação se refere à capacidade de lidar com os impactos das mudanças climáticas, enquanto a mitigação é a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Em outra nota, o premiê alemão Friedrich Merz reiterou suas declarações sobre o Brasil, afirmando que o presidente Lula deve reconhecer que a Alemanha é “um dos países mais lindos do mundo”, provocando reações de autoridades brasileiras e críticas políticas após sua visita a Belém para a COP30.