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Shein inaugura primeira loja física em Paris e provoca protestos

Inauguração da butique gera filas imensas e reações contrárias na capital francesa

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Shein inaugura primeira loja física em Paris e provoca protestos

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Espaço reservado para anúncio

PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) - A Shein, renomada varejista chinesa de moda online, abriu as portas de sua primeira loja física em Paris nesta quarta-feira (5), gerando longas filas e manifestações tanto dentro quanto fora do estabelecimento. A nova butique, com uma área de 1.200 m², está localizada no sexto andar da icônica loja de departamentos BHV Marais, que tem uma história de mais de 150 anos.

A abertura da loja foi cercada de controvérsias, especialmente após a empresa ser criticada por vender produtos considerados inadequados, como bonecas de aparência infantil. Desde o anúncio da inauguração, a Shein enfrenta protestos de grupos que a veem como um exemplo de comércio predatório, que afeta o emprego e o meio ambiente.

No dia da inauguração, a fila para entrar na loja era extensa, contornando o quarteirão. A presença de policiais e seguranças reforçou a segurança do evento, enquanto manifestantes eram mantidos a uma distância segura. Um grupo de protesto conseguiu entrar na loja, brandindo cartazes e gritando acusações, mas foi rapidamente retirado pela segurança.

Frédéric Merlin, proprietário da BHV, que adquiriu a loja em dificuldades financeiras no ano passado, declarou que a prioridade são os clientes parisienses, que representam 85% das vendas. No entanto, ele reconheceu que a mudança de modelo visa também atrair uma nova clientela.

Apesar da grande movimentação, a recepção dos consumidores foi mista. Alguns, como a cliente Virginie, expressaram descontentamento com os preços, comparando-os a outras marcas. Por outro lado, outros clientes, como o casal Steven e Christine, aproveitaram promoções de inauguração e gastaram valores significativos na loja.

A chegada da Shein e de outras plataformas chinesas ao mercado francês tem sido alvo de críticas, com alegações de que esses sites promovem produtos de baixa qualidade e em condições de trabalho questionáveis. Um estudo revelou que 25 milhões de franceses já compraram em plataformas como Shein.

O governo francês, logo após a inauguração, anunciou a abertura de um procedimento para avaliar a conformidade da loja com as normas europeias, o que poderá resultar em uma suspensão temporária das atividades da Shein.