Home Office Registra Queda em 2024, Mas Permanece Acima dos Níveis Pré-Pandemia no Brasil
Dados do IBGE mostram que 7,9% da população ocupada ainda trabalha de casa.
De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de trabalhadores em home office no Brasil caiu para 7,9% em 2024. Este número representa um leve declínio em relação aos 8,2% registrados em 2023, embora ainda seja superior aos 5,8% observados antes da pandemia, em 2019.
Desde 2012, quando o percentual de trabalho em domicílio era de apenas 3,6%, a modalidade tem mostrado crescimento. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), que exclui trabalhadores do setor público e domésticos.
Durante a crise sanitária, muitas empresas adotaram o home office, levando os analistas a questionar a continuidade dessa prática. O pico de trabalhadores em casa foi registrado em 2022, com 6,7 milhões de pessoas, representando 8,4% do total.
Em termos absolutos, o número de trabalhadores atuando de casa caiu de 6,613 milhões em 2023 para 6,585 milhões em 2024, uma redução de 28 mil.
O IBGE esclarece que a pesquisa considera o principal local de trabalho; assim, um profissional que trabalhe em um modelo híbrido, por exemplo, será contado na categoria de trabalho remoto.
A maioria dos brasileiros, no entanto, ainda exerce suas funções nos locais de trabalho das empresas. Em 2024, 59,4% dos ocupados atuaram nesses estabelecimentos, um aumento em relação a 2023 (59,1%) e 2022 (57,9%), embora inferior ao índice de 2012 (62,7%).
Além disso, 14,2% dos trabalhadores estavam em locais designados por empregadores, enquanto 8,6% trabalhavam em áreas rurais. Os motoristas de aplicativos, que compõem 4,9% da força de trabalho, também se mantiveram estáveis em comparação ao ano anterior.
As regiões brasileiras apresentam variações significativas. O Nordeste (8,4%) e o Sudeste (8,3%) superaram a média nacional em termos de trabalhadores em home office, ao passo que Centro-Oeste (7,2%) e Sul (6,6%) ficaram abaixo.