Governo prevê menor inflação da história, afirma Haddad
Ministro da Fazenda destaca resultados positivos na economia brasileira

Durante a 6ª reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável (CDESS), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil deverá registrar, ao final do atual mandato, a menor inflação já vista no país. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (4).
Haddad enfatizou que a inflação, um tema de preocupação para os cidadãos, será inferior à de diversos períodos históricos, incluindo o Império e a República. Atualmente, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) é de 4,5% nos últimos 12 meses.
O ministro ressaltou a combinação de queda na inflação e no desemprego, com a taxa de desemprego atingindo 5,4%, o menor nível desde 2012. "Conseguir alinhar a diminuição da inflação com a redução do desemprego é um indicativo de uma sociedade menos desconfortável", afirmou.
Haddad atribuiu a redução dos índices inflacionários, especialmente em alimentos, a iniciativas como o Plano Safra e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ele destacou a importância da valorização do salário mínimo nesse contexto.
O ministro lamentou a falta de reconhecimento público dos avanços econômicos, mencionando um investimento recorde em infraestrutura, que deve totalizar R$ 261 bilhões em 2024. "Os investidores estrangeiros se surpreendem com a ausência de discussão sobre esses resultados positivos", disse.
Além disso, Haddad comentou sobre a atual cotação do dólar, que se encontra em R$ 5,30, e criticou previsões de mercado que não se concretizaram. "É curioso que algumas pessoas que erram previsões frequentemente continuam sendo consultadas", observou.
A ministra Gleisi Hoffmann, também presente no evento, destacou o crescimento sustentável da economia e a importância de propostas que visam a inclusão social, como a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. "Estamos rompendo com tradições de privilégios e injustiças", afirmou.
O vice-presidente Geraldo Alckmin ressaltou políticas que favorecem setores como a indústria automobilística, com montadoras retomando ou expandindo a produção.