Dólar em baixa: Pressões do Fed e PIB brasileiro em foco
Expectativas de cortes de juros nos EUA e dados sobre a economia nacional influenciam o mercado

O dólar apresenta uma queda no mercado à vista, impulsionada pela expectativa de uma possível redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana. Enquanto isso, a taxa Selic deve se manter em 15% pelo menos até o início de 2026, fatores que ajudam a aliviar as pressões sobre o real, especialmente com o aumento das remessas de lucros e dividendos enviados ao exterior neste mês.
Os investidores estão atentos aos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que cresceu 0,1% no terceiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, um resultado abaixo da expectativa de 0,2%. No entanto, na comparação anual, o crescimento foi de 1,8%, superando a mediana esperada de 1,7%. Esse cenário contribui para que o Ibovespa futuro atinja novos recordes, ultrapassando a marca de 163 mil pontos, em meio a um leve aumento no apetite por ativos de risco no exterior.
Além disso, os aluguéis residenciais apresentaram uma desaceleração em sua alta, registrando um aumento de 0,37% em novembro, após 0,57% em outubro, segundo dados do IVAR da FGV/Ibre. No acumulado de 12 meses, o índice subiu 6,92%, comparado a 5,58% até outubro.
Os desdobramentos da votação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 também estão em pauta, com a sessão marcada para as 11h desta quinta-feira, 4, no plenário do Congresso. O 3º Fórum JOTA, que reúne autoridades do governo e do Judiciário, incluindo o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ocorre em um momento de tensões institucionais entre o STF e o Congresso, após uma decisão do ministro Gilmar Mendes que limita os pedidos de impeachment de ministros do Supremo.
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam os dados sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego, previstos para serem divulgados às 10h30, e a fala da vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, marcada para as 14h.