Dólar em alta devido a cautela fiscal e demanda de fim de ano
Mercado observa pressão política e expectativas econômicas

O dólar apresenta tendência de alta no mercado à vista, impulsionado por preocupações fiscais em meio a incertezas políticas e propostas controversas em tramitação no Congresso. Essa pressão é intensificada pela demanda sazonal de fim de ano para remessas ao exterior, dificultando a valorização do real frente a outras moedas emergentes, que se beneficiam de um ambiente de maior apetite por risco e expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou um incremento de 0,2% em novembro, superando a expectativa do mercado de 0,18%, após uma alta de 0,18% em outubro.
Quatro propostas legislativas em andamento no Congresso, agravadas pela tensão entre o governo e os presidentes da Câmara e do Senado, podem trazer um impacto superior a R$ 100 bilhões nas contas públicas entre 2026 e 2027, elevando assim os riscos fiscais.
No cenário internacional, a libra esterlina se desvalorizou em relação ao dólar, enquanto investidores monitoram o anúncio do orçamento de outono do Reino Unido.
Em termos nacionais, as concessões de crédito livre caíram 0,1% em outubro, totalizando R$ 609,4 bilhões. Enquanto o crédito para pessoas físicas cresceu 4,7%, as empresas enfrentaram uma redução de 5,6%. No acumulado de 12 meses, o total de crédito aumentou 10%.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV apresentou uma queda de 0,7 ponto em novembro, atingindo 89,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICI recuou 0,4 ponto, totalizando 89,8 pontos, marcando o oitavo resultado negativo do ano.
Na ata divulgada nesta quarta-feira, o Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central considerou que a política macroprudencial neutra continua apropriada para o atual cenário. Na semana anterior, o colegiado manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal do Brasil em 0%.
O Ministério de Minas e Energia (MME) destacou como prioritário o projeto de expansão da rede de gás canalizado da Gasmig, permitindo à empresa emitir debêntures para financiar as obras e ampliar sua infraestrutura em Minas Gerais.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, declarou à GloboNews que é essencial reduzir a judicialização dos precatórios, enfatizando a necessidade de colaboração entre o Congresso e os Poderes Executivo e Judiciário.
O atendimento presencial está disponível no Vale do Anhangabaú, na capital paulista, das 9h às 18h, localizado sob o Viaduto do Chá, próximo ao Shopping Light, sendo necessário apresentar um documento original com foto.