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Bolsa de Valores avança e ultrapassa 153 mil pontos impulsionada por Vale e Petrobras

Expectativa sobre decisão do Copom também influencia o mercado financeiro

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Bolsa de Valores avança e ultrapassa 153 mil pontos impulsionada por Vale e Petrobras

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SÃO PAULO, SP - A Bolsa de Valores brasileira experimentou uma forte valorização nesta quarta-feira (5), aproximando-se de um novo recorde histórico pelo sétimo dia consecutivo. Com um aumento superior a 1% em relação ao fechamento anterior, o índice atingiu a marca de 153.125 pontos durante o pregão, refletindo o desempenho das ações da Vale e da Petrobras, que têm grande peso no índice Ibovespa.

Por volta das 15h31, o índice estava em alta de 1,41%, alcançando 152.828 pontos. O movimento positivo também impactou o câmbio, com o dólar apresentando queda de 0,71%, cotado a R$ 5,360.

A Vale registrou alta de 2,05%, mesmo com a leve desvalorização do minério de ferro na Bolsa de Dalian. As ações da Petrobras, por sua vez, tiveram valorização de 1,71% e 1,77% para papéis preferenciais e ordinários, respectivamente, descolando-se da queda do petróleo no mercado internacional.

A atenção dos investidores está voltada para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será anunciada após o fechamento do mercado. A expectativa é de que a taxa de juros permaneça em 15% ao ano, o que é consenso entre os 31 analistas consultados pela Bloomberg.

A comunicação do Copom, no entanto, gera incertezas. Economistas acreditam que o comitê deve evitar dar pistas sobre um possível início de cortes na taxa de juros, que são vistos por muitos como improváveis antes de 2026, dado o recente aprimoramento nas previsões de inflação.

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC, acredita que o Copom reconhecerá a melhora do cenário econômico, mas adotará um tom cauteloso para não criar expectativas exageradas no mercado.

Desde a última reunião do Copom em setembro, as projeções de inflação para 2026 caíram de 4,3% para 4,2% e para 2027, de 3,93% para 3,8%. O Banco Central visa uma meta de inflação de 3%, considerando que a meta não é cumprida quando a inflação se mantém fora do intervalo de tolerância por seis meses.

No mercado cambial, a diferença de taxas de juros entre Brasil e Estados Unidos favorece o real. A redução nas taxas americanas, aliada à manutenção dos juros altos no Brasil, atrai investidores para a estratégia de 'carry trade', onde se tomam empréstimos a taxas baixas para investir em mercados com taxas mais altas.

A paralisação do governo dos EUA, que é a mais longa da história, suspendeu a divulgação de dados econômicos, o que torna a situação ainda mais delicada para o Federal Reserve (Fed). A falta de dados oficiais limita a capacidade do Fed de tomar decisões informadas sobre a política monetária.

Em meio a isso, o relatório da ADP, divulgado hoje, revelou a criação de 42 mil novos empregos no setor privado em outubro, superando as expectativas de 28 mil. Esse resultado sinaliza uma resiliência da economia americana, diminuindo a urgência por cortes de juros pelo Fed.

Na reunião recente, o Fed reduziu a taxa de juros em mais 0,25 ponto percentual, agora entre 3,75% e