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Banco Central exclui 31 empresas do Pix para aumentar segurança

Medida se dá após ataques cibernéticos que causaram prejuízos de R$ 1,5 bilhão ao sistema

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Banco Central exclui 31 empresas do Pix para aumentar segurança

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O Banco Central anunciou que 31 instituições financeiras que operam no sistema Pix sem autorização terão que se adaptar às novas regras de segurança implementadas pela autoridade monetária. Essa decisão ocorre após uma série de ataques cibernéticos que resultaram em um rombo de R$ 1,5 bilhão.

A informação foi divulgada na ata do último Fórum Pix, realizado no dia 4 de outubro. Outras 39 instituições já estão em conformidade com as novas normas. As empresas afetadas, conhecidas como participantes indiretas do Pix, precisarão estabelecer um contrato com uma instituição financeira que participe diretamente do sistema.

Conforme a resolução publicada pelo Banco Central em 5 de setembro, apenas instituições que apresentarem um formulário completo de avaliação de risco poderão operar em nome de terceiros. Esse documento deve conter informações sobre movimentações financeiras, valores sob custódia e outros dados relevantes.

As cooperativas de crédito também perderão o direito de supervisionar a participação de outras empresas no sistema. Aqueles que não conseguirem um novo parceiro até 4 de março de 2026 serão excluídos do sistema.

Além disso, o Banco Central planeja apresentar, no próximo ano, uma matriz de risco para identificar participantes que apresentem falhas sistêmicas de segurança. Os recentes ataques cibernéticos, ocorridos entre junho e setembro, utilizaram contas de fachada em participantes indiretos do Pix para desviar valores, como foi o caso da Soffy, que teve sua participação suspensa após receber cerca de R$ 270 milhões dos R$ 541 milhões desviados em uma fraude.

Em resposta à situação, o Banco Central está desenvolvendo um indicador de probabilidade de fraude, que será baseado em um algoritmo de análise de dados. A partir de fevereiro de 2026, as instituições financeiras deverão notificar os clientes sobre o status dos pedidos de devolução, incluindo bloqueios e liberações.

Em um dia recente, o sistema Pix registrou 313,3 milhões de transferências, com um montante total de R$ 179,9 bilhões, estabelecendo novos recordes de movimentação financeira.